domingo, 29 de agosto de 2010

A Fábrica de Gravatas (Cenários) – Comunicurtas (Alegrias)


imagens do interior da fábrica

Estes dias estão sendo destinados à construção dos cenários. Àqueles que possuem movimento de câmera estão sendo montados exclusivamente no After Efect, por Renato. Já os cenários estáticos, que iremos utilizar a técnica Matte Painting, estão sendo montados, por mim, no Photoshop.
Tive que desenvolver muito meu aprendizado no programa, já que nunca havia feito algo semelhante. Construir cenários sem se utilizar da mão para desenhar, tendo como recurso apenas um mouse (nem tablet estou usando), não foi nada fácil para mim. Tornou-se um desafio muito instigante e árido. Inserir luz e sombra já está sendo um processo muito prazeroso neste trabalho e estou satisfeito com seu resultado.

Tive, esta semana, a oportunidade de ganhar o prêmio de melhor animação do Comunicurtas 2010, com o curta “Campina Grande City”. Inscrevi no festival o piloto do primeiro episódio de uma série de animação que tem Campina Grande como protagonista.  Este projeto, que visualizei em 2008, ainda será melhor explicado por aqui posteriormente, pois pretendo em 2011 estar com a série completa.

Gostaria de agradecer a todos que me ajudaram a fazer o Campina Grande City, pois um prêmio em cinema é sempre um prêmio coletivo, nunca individual. Um grande abraço ao meu irmão Jonathan Queiroz, que passou noites trabalhando comigo, rindo muito e desenhando ainda mais. Outro abraço a Érik Medeiros que foi fundamental neste projeto, tanto pelo seu trabalho, quanto por ter me apresentado Renato Silva, a quem também devo agradecer pelos esforços no Campina Grande City. A Jorge Ribbas, por toda gentileza e talento empregado no piloto, seja com suas guitarras nas trilhas ambientes, ou por sua simpatia ao ceder seu estúdio Musidon para gravar as vozes. Por fim, gostaria de agradecer também a Thalita, que mesmo sendo abordada por dois desconhecidos no meu da Praça da Bandeira, topou gravar a voz feminina do filme. Meu muito obrigado também a todos que riram no dia da exibição, e também aos juizes que votaram no CG City para que ele recebesse esse prêmio.




sábado, 21 de agosto de 2010

A Fábrica de Gravatas: Relato de um Confinamento (Fábrica)

Esta noite foi dedicada à construção da imagem externa da Fábrica.

Peguei a referência de uma igreja gótica e, utilizando as texturas que havia criado, montei outro edifício. Abaixo, a imagem de referência e a Fábrica finalizada.



sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A Fábrica de Gravatas: Relatos do Confinamento


Textura do piso da Fábrica

Textura da parede da Fábrica com janelas

Objetos do deserto.

Nuvem

Textura da cúpula

Estamos numa etapa avançada da pós-produção do filme, embora tenha muito ainda por fazer. Entretanto, como já avançamos muito no processo, já posso definir melhor neste artigo qual a técnica que estamos utilizando. Como disse em textos anteriores, somos autodidatas e, devido a isso não fazíamos ideia de como seria nosso processo, nem o seu resultado. Combinamos vagamente, antes do início da pós-produção e através de emails, qual seria a função de Renato e a minha, e nada mais.

Quando nos reunimos e montamos nossas máquinas nos primeiros dias de confinamento, definimos que usaríamos o Photoshop para editar as imagens e criar as texturas, o After Effect para montar os cenários, animar alguns elementos, recortar o croma dos vídeos e aplicar movimento de câmera, e o 3DMax somente para criar e texturizar os objetos da primeira cena, onde a personagem principal caminha por um longo deserto repleto de imensos objetos metálicos. O Boujou serviria para mapear o movimento de câmera realizado nas gravações. O Premier seria usado para fazer a montagem final de tudo e o render do filme para o formato de DVD.

Foi combinado que a fábrica e todo o seu interior seria feito em 2D e montado de forma a simular um efeito em 3D. Para tanto, eu teria que criá-la pensando exatamente na técnica que decidimos utilizar, pois algumas figuras seriam impossíveis de aplicar neste processo. Foram diversas folhas de rascunho e desenhos, ficando definido nessa situação cada detalhe. De maneira que tive que imaginar os objetos “abertos” e criar suas texturas no Photoshop. Para quem tiver interesse em como eram essas imagens, postei algumas delas no meu blog (www.aventurasdavidacomum.blogspot.com).

Concebemos o desenho de uma grande estrutura de ferro em que serão montadas as paredes, o telhado, o céu, as nuvens, o piso do deserto e da fábrica, a cúpula, a esteira e mais alguns detalhes, como canos, estruturas metálicas, entre outros. A partir de então, iniciei a criação das texturas desses elementos, enquanto Érik deu início à montagem do filme, selecionando as cenas de que havia gostado e definindo o rumo, ritmo e cadência da narrativa. Renato preocupou-se com o cromaqui, que como já citei anteriormente, tinha diversas falhas em sua pintura e imensas sombras que impediam que o resultado ficasse perfeito.

Em seguida, Renato iniciou o processo de montagem dos objetos no After “dobrando” as partes abertas, e deixando-os com aparência de um objeto 3D. A mim coube o papel de montar imagens de referência do cenário e personagens no Photoshop. Eu tive que definir onde ficaria cada elemento, a localização da linha do horizonte e o tamanho de cada personagem dentro da composição da cena. Um processo exatamente de composição, semelhante ao que faz um pintor diante da dimensão de sua tela branca.

Concomitantemente Érik passou a dispor e a mover os elementos do deserto no 3DMax, de acordo com a localização e a perspectiva de cada plano. Neste mesmo programa foi aplicada uma textura de metal enferrujado a todos os objetos e por fim capturado a sua imagem para ser tratada no Photoshop e montada no cenário no After, junto às texturas do piso, do céu e das nuvens. Assim, cada elemento foi colocado junto ao vídeo dos personagens, de acordo com as imagens de referência montadas no Photoshop. A primeira cena - a maior de todas – já está toda completa. Restam agora as outras cinco cenas do filme.

O processo seguinte, depois da composição de todas as cenas, é a correção de cor, a aplicação das “manchas”, para dar a sensação de que se trata de um filme filmado em película (semelhante aos vídeos do início do século XX) e a animação dos objetos. Por fim, será feita a diminuição da quantidade de frames-por-segundo de 60 para 18, deixando o movimento dos personagens mais rápido, semelhante ao antigo cinema mudo. A junção entre o contemporâneo (representado pelo uso das tecnologias digitais) com o antigo (o movimento acelerado e as manchas das películas) foi o eixo norteador que criamos para definir a estética que aplicaríamos ao filme.

Posteriormente Renato irá montar todas as cenas no Premier. Tone Ely vai colocar e sincronizar a trilha que ele vem criando e vamos finalizar todo o processo com o render do filme (processo que vai demorar algo em torno de dois dias, tendo em vista os computadores que estamos usando). Depois é só comemorar e entrar em estado de hibernação, para ver se conseguimos descansar e recuperar toda energia desprendida neste longo e cansativo processo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Fábrica de Gravatas: Relatos do Confinamento (perdi as contas)


Echer



Algo em torno de 24 horas sem dormir. Esse é o tempo que passei sem pregar os olhos e me atirar nos braços de Morpheu. De segunda para terça (09 a 10 de agosto) tive diversas coisas para resolver, à parte dos trabalhos do Fábrica de Gravatas (FG). Uma animação chamada “Campina Grande City”, que comecei em 2008 e somente terminei em 2009, foi aprovada no Comunicurtas deste ano.

O CG City foi um projeto que idealizei em 2008 depois de assistir à animação Tekkonkinkreet, dirigida por Michael Arias e baseada no mangá “Preto e Branco” de Taiyo Matsumoto. Já em 2009, participaram comigo do projeto Érik Medeiros e Renato Silva, a mesma equipe que trabalha hoje no FG. Também contei com o apoio fundamental do meu irmão Jonathan e do gentil Jorge Ribbas, que compôs solos de guitarra para a ambientação do filme e cedeu seu estúdio na Musidon para que gravássemos as vozes. Também tive a ajuda de Thalita, uma menina que conheci junto a Renato, na Praça da Bandeira no dia em que iríamos gravar as vozes. A menina com quem combinamos faltou, e como estava em cima do prazo de enviar o projeto ao BNB (não aprovado), tivemos que sair no centro perguntando para diversas moças se elas aceitavam participar da gravação. Ela por sorte aceitou e até que cumpriu bem seu papel.

Mas voltemos ao ano de 2010. O prazo para entregar um DVD e uma fita Mini-DV com o material para o Comunicurtas terminava dia 10 de agosto, terça-feira. Como estou nesse ritmo brutalmente severo de produção do FG, não pude preparar nada anteriormente.

Domingo passado (08 de agosto) tive folga do filme, porém não tive descanso do trabalho. Era dia de expor, no Cine São José, alguns quadros que fiz no ano de 2009. A exposição ocorreria dentro de um evento para arrecadar verbas para uma ocupação em Fortaleza e para o próprio espaço. Foi muito divertido, com a participação de outras exposições de Edu Barbosa e Joel Rodriguez. Tocaram neste dia as bandas Cuspe e Ne Koni. Sai do evento esgotado de tanto polgar, mas não suficientemente abatido para a correria que me aguardava no dia seguinte.

Ocorre que no próprio domingo da exposição, antes de sair da casa de Érik, percebi que todos os arquivos do meu antigo computador estavam corrompidos, e, portanto, seria impossível resgatar o Campina Grande City para enviar a comissão do Comunicurtas dentro do prazo previsto em edital. Soma-se a isso o fato de eu não ter nenhuma cópia da animação em mãos, pois a última foi destinada exatamente para a inscrição no festival.

Tive que recorrer a Wedsclay, da DabliuA, uma agência de publicidade aqui da cidade. Lembrei-me que eu havia lhe dado uma cópia em outros tempos, na oportunidade em que nos conhecemos. Voei à Rua João Tavares assim que acordei na segunda, e tive a felicidade de conseguir a cópia que ele carinhosamente guardava em sua casa. Mandou que eu voltasse às cinco da tarde, pois iria pegá-la para mim.

Quando questionei se seria possível fazer a conversão do filme para Mini-DV por lá, Danilo, também da agência de publicidade, me informou onde eu conseguiria esse serviço, pois eles não realizavam este tipo de trabalho. Indicou-me a produtora de vídeo do Chapéu, localizada no edifício Rique. Disse que lá provavelmente conseguiria algo com preços bons.

Já conhecia o trabalho de Chapéu em uma filmagem que eu o vi fazer para um programa no meio da Feira Central, em época de São João. Imaginei que talvez conseguisse algo satisfatório, já que ele me pareceu espirituoso e simpático no dia em que lhe vi com sua câmera em punho.

Fui recebido pelo próprio ao chegar à sua produtora. Expliquei minha situação e disse que precisava urgentemente converter meu filme, mas não tinha como fazê-lo. Ele chamou sua filha Flávia, a quem expliquei novamente minha situação. Ela simplesmente me pediu que levasse a fita no dia seguinte que faria isso sem nenhum custo e com toda boa vontade.

Voltei à casa de Érik nesta mesma segunda com toda disposição de trabalhar no Fábrica de Gravatas, e ficamos combinados que depois de passar a madrugada de segunda para terça na labuta, nos dedicaríamos ao Campina Grande City durante a manhã.

Embora a animação tenha sido concluída no ano passado, como afirmei acima, tínhamos alguns ajustes para fazer nela antes de enviar ao festival. Ocorre que o projeto inicial do CG City era fazer uma série, com vinte e sete episódios, em que situações cômicas ocorreriam dentro do contexto da cidade, a grande protagonista da série. Fizemos o primeiro episódio por conta própria, e passamos a correr atrás de patrocínio e editais para poder realizar os outros vinte e seis. Como não conseguimos quem nos apoiasse financeiramente (pois não faltaram aqueles que adoraram a ideia, mas não possuíam recursos para financiar o projeto), decidi inscrevê-lo este ano no Comunicurtas, para dar visibilidade a este trabalho, e possivelmente, poder concluir os episódios restantes.

Na ideia original, criamos uma vinheta de abertura para a série, onde apareciam alguns pontos da cidade e sua logomarca. Após a aprovação no festival, achamos que a vinheta ficaria perdida dentro daquele episódio de pouco mais de um minuto, e, portanto, teríamos que eliminá-la, colocando suas imagens no corpo do próprio filme. Era exatamente este o trabalho que iríamos nos dedicar na manhã de terça, depois da jornada de trabalho do Fábrica de Gravatas.

Por volta das seis da manhã, paramos para editar o que faltava no CG City. Cansados do trabalho da madrugada, não conseguíamos tomar decisões sobre o que fazer exatamente na animação. Por isso, ficamos até 13h da tarde para concluir tudo e gravá-la em DVD.

Peguei minha bicicleta e parti para a produtora de Chápeu. Gravei a fita Mini – DV e finalmente entreguei no Departamento do curso de Comunicação Social, que possui funcionários prestativos e dispostos a resolver os problemas do seu ofício. Enfim, lá para as nove da noite de terça-feira, consegui finalmente dormir. Agora, renovado e de volta ao Fábrica de Gravatas, entendo, nas devidas proporções, a maneira como os Calvinistas encararam o trabalho, durante o período da Reforma Religiosa na Europa. Quando fazemos o que amamos, o trabalho se torna divino.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Fábrica de Gravatas: Relatos de confinamento (10° dia)



Findo mais um dia de trabalho. O décimo, se não erro as contas.

Logo no início desta noite fixamos o cronograma e o fluxograma nas paredes, passando a visualizar toda a etapa do processo a ser realizado. Se tudo correr dentro do ritmo, iremos terminar o filme no dia 7 de setembro deste ano.

Nestes dias, além de nos aprofundar nos fundamentos da animação, tornamo-nos grandes apreciadores de fumo. Como somos fumantes inveterados, percebemos que se continuássemos na mesma velocidade, boa parte de nosso cachê seria diluída em maços de Hollywood Califórnia. Quando nos vimos sem cigarros e sem dinheiro, tivemos como opção fumar trevo. Uma solução rentável que proporcionaria cigarros em fartura até o prazo de conclusão do curta.

A partir de então, passamos a inventar diversos tipos de cigarros, com tamanhos, espessura e sabores diferentes. Misturamos trevo com fumo de rolo, café, orégano e diversos tipos de temperos e chás. Estamos nomeando cada uma das invenções. Já temos o “Um Trago e Um Doido”, “Mulata Cheirosa”, “Este eu Não Apago” e o mais apreciado de todos: o “Rasga Pulmão”.

Assim, entre uma baforada e outra, a Fábrica de Gravata está tomando seus contornos.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Fábrica de Gravatas: Relatos de confinamento (7° dia)


Engrenagens de uma esteira que estamos montando

Textura das vigas de sustentação da Fábrica


Muitas coisas ocorreram nestes dias que não escrevo. São tantas que não comportaria todas neste texto. Seria necessário algo muito longo, cansativo e retórico para chegar o mais próximo possível (ainda que distante) do vivido, experimentado e discutido.

Interessante como, a partir do momento que decidimos escrever sobre o cotidiano, percebemos o quão heterogêneo e complexo ele se apresenta. São diversas as cenas que classificamos como atraentes, como dignas de serem escritas. Mas basta sentar diante do computador que as ideias correm, fogem, mesclam-se, tornam-se difusas. Principalmente pela estafa que enfrentamos, pois estamos trabalhando todos os dias das 0h as 10h da manhã. No início essa carga horária se apresentou cansativa, entretanto, agora, depois de uma semana de trabalho, estamos completamente habituados.

Desses dias, lembro-me perfeitamente do tombo do leitor de DVD de Renato, que ricocheteou duas vezes pelo chão, no dia em que estávamos montando os computadores, logo no início do processo. Nossas faces foram de susto, com medo de que tivesse sido os últimos estalos de vida daquele hardware. Felizmente, depois de montar, tudo estava funcionando perfeitamente. Foi somente um pequeno alarde que terminou bem.

O que dizer então quando vimos a qualidade do cromaqui em que havia sido feitas as filmagens? Algo terrivelmente irregular, com presenças de sombras que eliminavam toda e qualquer uniformidade do fundo. Tentamos de um jeito, corremos para o outro lado, mas nada! O resultado não chegava perto do que almejávamos.

Pensamos em resolver o problema do croma utilizando a técnica de trabalhar quadro-a-quadro, imagem-a-imagem. Porém, era uma solução árdua, que gerava uma infinidade de imagens a serem tratadas digitalmente. Para se ter uma noção, para cada segundo de filme, teríamos 60 imagens estáticas. A quantidade de frames (imagens) em dez minutos seria algo em torno de trinta e seis mil imagens. Tarefa impossível de ser realizada por duas pessoas em um mês.

Devido a isso, desenvolvi uma técnica no Photoshop que permitia bons resultados em poucos segundos, mas ainda assim seria impensável utilizá-la. Escolhemos então reduzir a rotação do filme para 18 frames (imagens) por segundo, a mesma velocidade utilizada nos antigos filmes do Charles Chaplin. Além de proporcionar ao curta um aspecto retrô, diminuía drasticamente a quantidade de imagens a serem tratadas. Cansados de tentativas e experimentações, fomos dormir às 10h da manhã convictos de que a técnica do quadro-a-quadro era a melhor forma de preservar a qualidade estética do filme, embora também a mais trabalhosa.

Tive folga no final do dia seguinte, pois precisei ir a uma reunião com o pessoal do Museu Interativo do Semiárido. Depois de resolver estes detalhes, aproveitei para resolver outros, de cunho ainda mais particular. Encontrei as pessoas que precisava, me descontrai e descansei muito.

Ao voltar na sexta-feira à noite (30/07), Renato simplesmente me mandou sentar em sua cadeira e mostrou-me um teste que havia feito. Achei o resultado maravilhoso. O movimento ainda permanecia com 18 frames por segundo, mas a grande sacada dele foi utilizar as sombras do croma para dar um efeito de película ao filme. Juntando o movimento de 18 frames às “manchas” das sombras, temos a sensação de que estamos diante de uma produção do início do século XX. Fiquei emocionado com o resultado, ao passo que também aliviado, porque eliminava a possibilidade de trabalhar quadro-a-quadro com milhares de imagens!

Depois da euforia da definição da técnica – pois, automaticamente após resolver o problema do croma havia sido estabelecida a técnica a ser aplicada - passamos a montar os elementos do cenário. Estamos produzindo, neste momento, o interior da fábrica que dá nome ao curta-metragem. No todo, o filme conta somente com dois grandes cenários: um deserto com imensas figuras geométricas (inclusive a Fábrica de Gravatas) e o interior da fábrica. O curta-metragem “bruto” já está em processo avançado de edição, com as cenas dos atores na devida seqüência narrativa, pois só vamos acrescentar os cenários depois dele todo montado.

Passei então a construir engrenagens e texturas para Renato montar e animar uma esteira que será fundamental no cenário do interior da fábrica. Iremos agora, pouco a pouco, criar os outros objetos e elementos dos cenários digitais, num trabalho de Direção de Arte Digital. Estamos eufóricos com o processo. Agora que decidimos a técnica e o problema do croma, podemos calmamente sentar e fazer detalhadamente a planilha com as datas e etapas do processo de produção. Estamos seguindo adiante, num bom ritmo e muito mais tranquilos.