sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Fábrica de Gravatas: Relatos de confinamento (10° dia)



Findo mais um dia de trabalho. O décimo, se não erro as contas.

Logo no início desta noite fixamos o cronograma e o fluxograma nas paredes, passando a visualizar toda a etapa do processo a ser realizado. Se tudo correr dentro do ritmo, iremos terminar o filme no dia 7 de setembro deste ano.

Nestes dias, além de nos aprofundar nos fundamentos da animação, tornamo-nos grandes apreciadores de fumo. Como somos fumantes inveterados, percebemos que se continuássemos na mesma velocidade, boa parte de nosso cachê seria diluída em maços de Hollywood Califórnia. Quando nos vimos sem cigarros e sem dinheiro, tivemos como opção fumar trevo. Uma solução rentável que proporcionaria cigarros em fartura até o prazo de conclusão do curta.

A partir de então, passamos a inventar diversos tipos de cigarros, com tamanhos, espessura e sabores diferentes. Misturamos trevo com fumo de rolo, café, orégano e diversos tipos de temperos e chás. Estamos nomeando cada uma das invenções. Já temos o “Um Trago e Um Doido”, “Mulata Cheirosa”, “Este eu Não Apago” e o mais apreciado de todos: o “Rasga Pulmão”.

Assim, entre uma baforada e outra, a Fábrica de Gravata está tomando seus contornos.

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